segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Grupo de Pesquisa "Trabalho, Constituição e Cidadania" é representado pela Profa. Gabriela Neves Delgado em audiência pública sobre mediação trabalhista no âmbito do MPT

Audiência debate mediação e conciliação trabalhista
 
Proposta é que até o final do ano o MPT vai regulamentar esse tema dentro da instituição

Brasília –  A melhor  forma de implementar e utilizar os mecanismos de auto composição (negociação, mediação, conciliação, convenções processuais e práticas restaurativas) no universo dos conflitos de trabalho foi discutida nesta sexta-feira (2)  na audiência pública realizada na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT) em Brasília.  Para o coordenador da Comissão Nacional de Mediação do MPT, subprocurador-geral do Trabalho Manoel Jorge e Silva Neto, a audiência foi muito produtiva. “A discussão hoje enriqueceu o debate, que já ocorre dentro do MPT. Foi muito importante ouvir as universidades, sindicatos e trabalhadores”, destacou.

A presidente da AMATRA da 10ª região (Brasília),  Rosarita Machado, convidada pela comissão, trouxe questionamentos e visões da importância do olhar para demissões coletivas de maneira justa, mas não esquecendo da fragilidade dos empregados com relação ao empregador. “Isto é, a mediação tem que levar em consideração que as partes são assimétricas. Com isso é preciso perceber que um mediador externo não levaria em consideração fatos como esse”, explicou.

Foi ressaltado ainda a importância na urgência de uma mediação, tendo em vista que casos como de negociação de verbas rescisórias,  que necessita da monetização julgada nos processos, não haja demora no julgamento para o bem do empregado.

As próximas audiências promovidas pelo MPT serão em Porto Alegre (dia 23)  e Salvador (13 de outubro).   Após o encerramento desses encontros, a Comissão Nacional de Mediação se reunirá para elaborar o anteprojeto que vai regulamentar a mediação na instituição.  “Nossa proposta é que até o final do ano o MPT terá regulamentado a mediação”, disse o  subprocurador-geral Manoel Jorge e Silva Neto.

Também participaram audiência como debatedores e expositores o   coordenador nacional de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS), procurador  João Carlos Teixeira, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT),  Ângelo Fabiano;  o professor do Centro Universitário UDF  e advogado da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo,  Raimundo Simão de Melo;  a presidente da Comissão Especial de Mediação da OAB-DF, Elisabeth Leite Ribeiro;  e a professora Associada de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), Gabriela Neves Delgado.


Confiram também a nota divulgada pela ANPT sobre a audiência pública realizada, clicando aqui.

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