O Grupo de Pesquisa Trabalho, Constituição e Cidadania recomenda o filme "Harriet".
Sob a direção de Kasi Lemmnons e roteiro de Gregory Allen Howard, o longa-metragem retrata a história de Harriet Tubman, mulher negra, escravizada nos Estados Unidos que, após fugir da fazenda em que nasceu e trabalhou por mais de 20 anos, conheceu finalmente a liberdade e tornou sua missão de vida libertar outros escravos a luta por igualdade.
O enredo é inspirado na vida da ativista política Harriet Tubman, um nome importante do movimento abolicionista estadounidense, responsável por, diretamente, libertar centenas de homens, mulheres e crianças.
Mais um importante filme para refletir sobre escravidão, racismos e as justificativas, inclusive jurídicas, dessas estruturas. Um momento sensível da história é o pedido de libertação feito por Harriet, então ainda chamada de Minty, que demonstra para seu “mestre” que teria direito a ser livre, considerando a idade que sua mãe tinha quando nasceu. Apesar de amparada pela lei, Harriet não teve seu pleito respeitado e atendido.
Vale a reflexão sobre a distância entre o Direito e sua efetivação ou até mesmo a criação de legislações puramente simbólicas, sem produzir o efeito de transformação que afirmam pretender, bastante comuns neste período pré-abolição formal e nos dias atuais.
O filme mostra como algumas condições de vida são tão brutais que o lema “seja livre ou morra” se impõe. Harriet é uma mulher que deve ser conhecida por toda sua importância histórica ao libertar escravos, participar da Guerra Civil nos EUA e lutar pelo sufrágio universal, exigindo o direito de voto também para as mulheres, brancas ou negras.
Vale muito a pena!
Ficha Técnica
Ano de lançamento: 2019
Direção: Kasi Lemmons
Elenco: Cynthia Erivo, Joe Alwyn, Janelle Monáe, Leslie Odom Jr
Gênero: Biografia; Drama
Duração: 125 min
País de origem: EUA
Nenhum comentário:
Postar um comentário